Apresentação

Com o tema FOLCLORE – Diversidade, educação, políticas públicas e direitos culturais, buscamos trazer a tona
estudos recentes com pesquisadores contemporâneos que investigam as dificuldades atuais das culturas populares,
favorecendo uma compreensão do povo brasileiro de índios, negros, mestiços, caboclos, plurais, diversos, mas, sem
perder a noção do povo que particularmente somos cada um. O 13o. Congresso Brasileiro de Folclore, discutirá também
sobre o direito intelectual do portador do folclore, assunto voltado para as diretrizes da UNESCO e da Organização
Mundial da Propriedade Intelectual.
O reconhecimento e a valorização da nossa diversidade cultural perpassa pela forma como isto está encampado nos
aspectos educacionais e pela maneira como se insere nas políticas públicas governamentais ligadas a cultura e a
educação principalmente. O 13o. Congresso Brasileiro de Folclore elege este tema como caminho principal por entender
que ele contempla os principais estudos sobre as tradições populares e seus aspectos diversos e plurais neste inicio de
terceiro milênio.

Objetivos

Possibilitar o envolvimento de pesquisadores e estudiosos cearenses e brasileiros, com os mais recentes estudos e
pesquisas, ampliando e favorecendo a discussão dos novos paradigmas que norteiam o saber popular.
Estimular jovens estudiosos da cultura tradicional popular na participação de evento acadêmico como participante e
coordenador de atividades.
Gerar discussões sobre o Folclore na contemporaneidade possibilitando a compreensão de novos paradigmas.

Oportunizar o conhecimento e o reconhecimento das manifestações tradicionais populares e da diversidade brasileira.
Promover a dinamização e o incentivo ao estudo e à pesquisa folclórica científica entre professores, alunos, folcloristas e
outros pesquisadores sociais brasileiros.
Configurar o Ceará como um espaço acadêmico no estudo e pesquisa científica das tradições populares.
Promover e estimular a pesquisa folclórica, combinando os procedimentos de investigação e de análise provenientes das
diversas áreas das Ciências Humanas e Sociais.
Contribuir para o fomento, divulgação e dinamização de políticas públicas e/ou ações afirmativas que beneficiem, ou
podem beneficiar as culturas populares no Brasil e na América latina, principalmente

Justificativa

O Congresso Brasileiro de Folclore é um evento que se reveste de fundamental importância para o reconhecimento dos
atuais estudos relacionados ao Folclore brasileiro, uma vez que atua diretamente com a percepção e a capacidade
criadora de todos os agentes dos diversos recantos do Brasil. Através de conferências, oficinas, mesas redondas, debates
e palestras, o congresso contribui de forma sistemática com o desenvolvimento de pesquisadores e estudiosos da cultura
tradicional popular e áreas afins, bem como outros produtores culturais, por meio do conhecimento, divulgação e
discussão sobre os estudos de manifestações tradicionais populares, e suas diversas metodologias e áreas de pesquisa.
A realização do
13º CONGRESSO BRASILEIRO DE FOLCLORE favorecerá o reconhecimento de várias faces deste povo cearense corajoso e forte, como também levará à nossa gente a pesquisa folclórica oriunda das mais
diferentes tendências, o estudo contemporâneo e a dinâmica das atividades do universo folclórico que vêm se
desenvolvendo em nossa sociedade em constante transformação. Durante o evento, os participantes tomarão contato com manifestações folclóricas das mais diversas , como dança, música, artes plásticas e literatura. Tais manifestações, além de servirem como norteadores da produção cultural, são as expressões da diversidade brasileira.

Realização

Coordenadora Geral
Profª Ms. Lourdes Macena

Coordenador Científico
Prof. Dr. Clerton Martins

Comissão Científica
Prof. Dr. Oswald Barroso
Prof. Dr. Roberto Benjamin
Prof. Dr. Severino Lucena
Profª Ms. Simone Castro
Profª Ms. Lourdes Macena
Profª Ms. Francisca Mendes

Comissão de infra-estrutura
Profa. Graça Martins
Prof. Esp. Henrique Rocha
Prof. Ms.Cláudio Henrique do Carmo
Especialista Yone Almeida
Bel. Kelson Moreira

Comissão de divulgação
Lúcio Filho
Prof. Esp. Henrique Rocha

Comissão de Apoio
Erivaldo Casimiro
Prof. Esp. Wagner Pereira
Prof. Esp. Catarina Quintela

Apoio

125

Trabalhos e Resumos

9

Mesas Redondas

8

Palestras e Conferências

Trabalhos & Resumos

Grupos de Trabalho (GTs)

Mesas Redondas

MR01 – Identidades e Identificações no Brasil
Eduardo Diatahy Bezerra de Menezes (UFC) e Cláudia Leitão (UECE)
MR02 – Mestres, profetas e portadores de saberes populares.
Iranilson Buriti e Carla Martins (UNIFOR)
MR03 – Artesanato: saberes tradicionais nos novos mercados
Sylvia Porto Alegre (CE/Brasil) e Ricardo Gomes Lima (RJ)
MR04 – Direitos culturais e formas legais de articulação e organização das comunidades populares.
Humberto Cunha, Eliane Potiguara, Marcelo Manzatti.
MR05 – Oralidade e Escritura.
Maria Antonieta Antonacci – (PUC) e Martine Kunz (UFC)
MR06 – A função dos grupos de projeção folclórica na educação e no turismo
Aglaé Fontes (SE), Kátia Kupertino (MG), Lourdes Macena (CEFET/CE)

MR07 – Propriedade intelectual – dificuldades e convergências
Roberto Weber Teixeira de Andrade (CE) e Ricardo Bacelar (CE)
MR08 – Escolas diferenciadas indígenas.
Maria Amélia, Ricardo Weibe Nascimento(Professor Tapeba), Babi Fonteles e
SEDUC/CE
MR09 – Quilombolas: educação e inclusão na escola
Dona Bibiu, Maria Bernadete Gomes da Silva (BSB), Prof. Oliveira da Silveira (CGF).

Conferências & palestras

Conferência “Folclore – Diversidade, educação e políticas públicas”.
ROQUE DE BARROS LARAIA (Prof. Dr. )
Palestra 1 – (Políticas Públicas para as Culturas Populares)
Sergio Mamberti
Palestra 2 – (Folclore e Educação Popular)
Ângela Linhares – UFC
Palestra 3 – Diversidades na Cearensidade
Prof. Dr. Gilmar de Carvalho
Palestra 4 – Educação e Cidadania através das Culturas populares
Profa. Dra. CASSIA FRADE – Doutora em Antropologia da educação
Palestra 5 – Reforma agrária e cultura popular
Oswald Barroso
Palestra 6 – Pedagogia Griô – Pontos de Cultura
Célio Turino
Palestra 7 – A formação de profissionais especializados em estudos da tradição, culturas populares, patrimônio Imaterial nas Américas.
Carlos Velásquez Rueda (México – UNIFOR),

Cláudia Márcia Ferreira (IPHAN – MinC Brasil),

Cláudio Ricardo Gomes de Lima (CEFET/CE)

Programação Acadêmica

18 (terça-feira) – 19 (quarta) de setembro de 2007

08h às 12h / 14h às 18hCurso de Atualização para professores –
Número de participantes: 150 pessoas, 40H/AULA.
20h Aulas específicas com pesquisadores e estudiosos renomados como Affonso Furtado (RJ), Ático Villas Boas (BA),
Severino Lucena (Pb), Ivo Benfatto (RGS), Lélia Nunes (SC), José Fernando (PE), Maria Michol (MA), Ester Marques
(MA), Aglaé D´Ávila (SE).
20h Participação em palestras, mesas redondas e oficinas do congresso. (Só receberá certificado do curso quem
garantir freqüência de 20h nestas outras atividades. Haverá controle de freqüência)

Dia 19/09/2007 (quarta-feira)

14h às 19h Credenciamento e entrega de material
19h Abertura Oficial
19:30h Conferência: “Folclore – diversidade, educação e políticas públicas”.
ROQUE DE BARROS LARAIA (Prof. Dr. )
20:30h Atrações Culturais

Dia 20/09/2007 (quinta-feira)

8h às 10h Oficinas (Ministradas por Mestres com acompanhamento de um monitor)
1. Côco – Ceará
2. Cana Verde – Ceará
3. Maracatu – Ceará
4. Danças Folclóricas – RJ
5. Danças Folclóricas – MG
6. Danças Gaúchas – RS
7. Cordel – Ceará.
8h às 10h Reunião de trabalho –
Delegados comissão nacional – reorganização administrativa, política e cultural –
Coordenação: CNF – Paula Simon.
10h às 11h Palestra 1. Sergio Mamberti (Políticas Públicas para as Culturas Populares).
11h às 12h Palestra 2. Ângela Linhares- UFC (Folclore e Educação Popular)
12h às 14h Almoço
14h às 16h GT´s (Grupos de Trabalho)
GT01 – Religiosidade Popular (Rosa Santos – MA e Angélica Ellery -CE )
GT02 – Medicina popular: saberes e práticas ( Erotilde Honório/UNIFOR/CE )
GT03 – Gastronomia tradicional ( Peregrina Capelo CE/Brasil)
GT04 – Folclore e Turismo (Severino Lucena – PB e Solon Sales –CEFET/CE)
GT05 – Oralidade (Doralice Alcoforado – UFBA e Simone Oliveira de Castro – CCF/CE)
GT06 – Folkcomunicação (Jaqueline Dourado -PI e Henrique Pereira Rocha – CE)
GT07 – Etnomusicologia (Nonato Cordeiro – CEFET/CE e Ewelter Siqueira e Rocha – UECE
GT08 – Políticas públicas para a culturas populares (Ricardo Anair Barbosa de Lima – MinC e Eliomar
Mazocco – ES)
16h às 18h Mesa-redonda
MR05
– Oralidade e Escritura.
Maria Antonieta Antonacci – (PUC) e Martine Kunz (UFC)
MR02 – Mestres, profetas e portadores de saberes populares.
Iranilson Buriti e Carla Martins (UNIFOR)
MR03 – Artesanato: saberes tradicionais nos novos mercados
Sylvia Porto Alegre (CE/Brasil) e Ricardo Gomes Lima (RJ)
19h Lançamento de Livros
19h Exibição de filmes e documentários sobre manifestações populares-Espaço SESC IRACEMA.
18:30h Atrações Culturais
10 às 21 h (Todos os dias):
Feira
de livros, cd`s, artesanato, gastronomia tradicional.
Mostra de artesanato cearense

Dia 21/09/2007 (sexta-feira)

8h às 10h Oficinas – encontros com mestres
1. Boi Ceará – Mestre Zé Pio
2. Reisado – Ceará
3. Pastoril – Ceará
4. Danças Folclóricas – SP
5. Danças Folclóricas – ES
6. Danças Folclóricas – Ma
7. Cordel – Ceará
8h às 10h Reunião de trabalho – Delegados comissão nacional – reorganização administrativa, política e cultural –
Coordenação: CNF – Paula Simon)
10h às 11h Palestra 3. Diversidades na Cearensidade.
Prof. Dr. Gilmar de Carvalho
11 às 12h Palestra 4. Educação e Cidadania através das Culturas populares.
Profa. Dra. CASSIA FRADE – Doutora em Antropologia da educação
12h às 14h Almoço
14h às 16h Grupos de Trabalhos
GT09
– Folclore e educação (Cássia Frade – RJ e Ângela Linhares –UFC/CE)
GT10 – Danças e Festas Populares (Eleonora Gabriel (UFRJ e Vanda Borges – CEFETCE)
GT11 – Patrimônio Imaterial e Folclore (Lélia Nunes – SC)
GT13 – Artesanato (Jamilda Alves – CEFET/ES e Francisca Mendes UFC/CE)
GT14 – Teatro Popular e Folguedos (Oswald Barroso UECE/CE)
GT15 – Empreendedorismo e Folclore (Toninho Macedo -SP e Paulo Tadeu -CE)
GT16 – Folclore e Cultura popular na formação de professores – Nicolas Alexandria – UERJ e Amélia
Vitória de Souza – FACED/UFBA
16h às 18h MR01 – Identidades e Identificações no Brasil
Eduardo Diatahy Bezerra de Menezes (UFC) e Cláudia Leitão (UECE)
MR04 – Direitos culturais e formas legais de articulação e organização das comunidades populares.
Humberto Cunha, Eliane Potiguara, Marcelo Manzatti.
MR06 – A função dos grupos de projeção folclórica na educação e no turismo
Aglaé Fontes (SE), Kátia Kupertino (MG), Lourdes Macena (CEFET/CE)
19h às 21h Atrações Culturais


Dia 22/09/2007 (sábado)

8h às 10h Oficinas – encontros com mestres
1. Brinquedos – Ceará
2. Cerâmica – Ceará – Lúcia
3. Xilogravura – Ceará
4. Danças Folclóricas – Centro Oeste
5. Danças Folclóricas – Norte
6. Danças Folclóricas – PE – Frevo
7. Cordel
8h às 10h Reunião de trabalho dos delegados da Comissão Nacional – reorganização administrativa, política e
cultural – Coordenação: CNF – Paula Simon.
10h às 11h Palestra 5. Reforma agrária e cultura popular
Oswald Barroso
10h às 12h Palestra 6. Pedagogia Griô – Pontos de Cultura
Célio Turino
12h às 14h Almoço
14h às 16h Mesa redonda
MR07
– Propriedade intelectual – dificuldades e convergências
Roberto Weber Teixeira de Andrade (CE) e Ricardo Bacelar (CE)
MR08 – Escolas diferenciadas indígenas.
Maria Amélia, Ricardo Weibe Nascimento(Professor Tapeba), Babi Fonteles e SEDUC/CE
MR09 – Quilombolas: educação e inclusão na escola
Dona Bibiu, Maria Bernadete Gomes da Silva (BSB), Prof. Oliveira da Silveira (CGF).
16h às 17:30h Palestra 7 A formação de profissionais especializados em estudos da tradição, culturas populares,
patrimônio Imaterial nas Américas.
Carlos Velásquez Rueda (México – UNIFOR), Cláudia Márcia Ferreira (IPHAN – MinC
Brasil), Cláudio Ricardo Gomes de Lima (CEFET/CE).
17:30h às 18:30h Encerramento – Plenária final
19 h Encerramento do Congresso

Programação Cultural

Atrações Culturais

Dia 19/09/2007 (quarta-feira)
Maracatu Rei de paus (Em cortejo do SEBRAE até o Dragão do Mar)
Dupla de Violeiros – Geraldo Amâncio e Moacir Laurentino
Torém – Índios Tremembés
Orquestra de Rabeca Cego Oliveira
Dança do Côco com grupo de pescadores do Iguape
Pássaros de Belém (PA)
Dia 20/09/2007 (quinta-feira)
Cana Verde do Mucuripe
Reisado Mestre Aldenir
Maneiro Pau – Mestre Cirilo
Banda Cabaçal Mestre Miguel
Abertura da Exposição “Índios – os primeiros brasileiros” – curadoria de João Pacheco

Diplomação dos Mestres

ANTONIO GOMES DA SILVA
Antonio Gomes, Totonho. Luthier de violino. Mauriti. Nasceu em 13 de fevereiro de 1960. Pequeno agricultor,
divide seu tempoo entre os trabalhos na roça e numa oficina improvisada no quintal de sua casa, onde ele constrói
violinos, violoncelos, contrabaixos e violas. Começou a se interessar pela arte depois que conheceu o maestro italiano
e fabricante de violinos Augusto Lombardi, numa viagem a São Paulo. Alí manteve também contato com outro
fabricante de violinos, Juvenal Araujo de Sousa, natural de Cajazeiras, Paraiba. Já fazia violinos em São Paulo
quando regressou para Mauriti montando a sua oficina no quintal da casa. Por essa oficina já passaram alguns
jovens com intuito de aprenderem a profissão. Um desses é seu filho, Saulo Gomes, de 22 anos, que não aprendeu a
construir o instrumento, mas toca regularmente.
 

GETÚLIO COLARES PEREIRA
Getúlio Colares. Sineiro. Canindé. Nasceu, na localidade Alegre, em Canindé no dia 23 de março de 1929. Filho de
José Moacir Colares e Maria Moacir Colares. Começou a tocar sinos com a idade de 15 anos, precisamente no dia 29
de junho de 1944 por ocasião de uma procissão em homenagem ao Coração de Jesus. O povo de Canindé conhece
os seus repiques e sabe quando é ele, Getúlio, que está tocando. Aliás seus repiques estão presentes em LP’s
(Músicas e hinos dedicados a São Francisco). Com habilidade toca o sino em ritimos diferentes para ocasiões
especiais, toques para momentos alegres e toques para momentos tristes e com repertório de oitenta e cinco toques
diferentes.

 JOÃO LUCAS EVANGELISTA
Lucas Evangelista. Cordelista e violeiro. Crateús. Nasceu na localidade de Ingá, distrito Lameirão, em Crateús, na
data de 06 de maio de 1937. Filho de Sebastião Josias de Miranda e de Maria Lucas Evangelista. Ainda na infância
teve contato com a Literatura de Cordel através de seus pais que gostavam de cantar e recitar histórias tradicionais.
Residindo em Fortaleza iniciou a vida de vendedor de folheto de cordel e violeiro, fazendo a sua primeira
apresentaçãpo na Praça dos Leões. Depois, na companhia do irmão, Pedro Evangelista, também poeta e repentista,
passou a cantar em outras praças da capital, daí para o interior e outros estados. Publicou centenas de “romances”,
folhetos e gravou outra centenas de canções e poemas de cordel. Hoje boa parte de sua produção poética está
gravada em discos, fitas K-7 e Cds. A origem popular de suas canções levaram cantores como Frank Aguiar e grupos
como Calango Aceso, Masrtuz com Leite a gravarem suas músicas e poemas. Boa parte de suas histórias em Cordel
foram publicadas pela Editôra Luzeiro que tem distribuição nacional. Atualmente vem se apresentando ao lado da
violeira Luzia Dias já tendo, com ela, gravado alguns CD’s.

MARIA ASSUNÇÃO GONÇALVES
Assunção Gonçalves. Artesã, artista plástico. Juazeiro de Norte
. Com atividades nas áreas do artesanato
(bordado, rendas) e das artes plásticas (pintura).É também considerada guardiã da memória, destacando-se os fatos
ocorridos à época do Padre Cícero Romão Batista.. Nasceu em Juazeiro do Norte, em 1º de junho de 1916. O
trabalho em renda pode ser visto adornando toalhas, lenços e colchas. Sabe-se que boa parte de sua produção, nesta
atividade, se encontra nas nas mãos de colecionadores comprovando a habilidade e delicadeza artesanal. Assunção
Gonçalves se destaca também na arteculinária sendo confeiteira em atividade preparando doces e bolos apreciados
na região do Cariri.

MARIA DE CASTRO FIRMEZA
Maria de Castro Firmeza, Dona Nice.
Fortaleza. Cearense de Aracati, nascida em 18 de julho de 1921, filha de
Francisco Osório e Hermeta de Castro. Desenvolve atividade nas áreas do
bordado, da culinária e artes plásticas.
No que se refre ao bordado apresenta-se como das mais criativas, sobressaindo-se com um estilo próprio, em
desenhos e cores. Professora, ministra cursos de desenho, pintura e bordado, mostrando, sempre, em suas aulas, a
norma básica do fazer artístico estimulando o lado criativo e a capacidade individual. Suas peças são únicas e
reconhecidas como verdadeiras obras de arte. Suas atividades nas tres áreas de atuação foram destacadas em
reportagem publicada no Diário do Nordeste, edição de 25 de junho de 2006, de autoria do professor Gilmar de
Carvalho que, aliás, é o proponente da inscrição de Nice no programa Mestres da Cultura 2006/2007.


MARIA DO HORTO
Dona Maria do Horto. Benditos. Juazeiro do Norte. Nasceu em 19 de junho de 1944. Lavadeira de roupas,
conhece um vasto repertório da tradição oral religiosa, sendo conhecida pela arte de cantar benditos de sua propria
autoria. Reside no Ceará há mais de cinqüenta anos com endereço à rua Pedra do Joelho, s/n, no Horto, em
Juazeiro do Norte, região do Cariri. Dona de uma voz potente, suas composições falam do universo religioso ligados
ao Padre Cícero, seus milagres e a fé incontida do povo.
Embora muito conhecida na cidade fez a sua primeira exibição pública em evento no ano de 2003 quando subiu a um
palco para cantar com a Orquestra de Rabecas Cego Oliveira nos festejos de aniversário do Padre Cícero daquele
ano. Em 2004 participou da Mostra de Arte do Sesc a convite do músico Francisco de Freitas, participando também
da gravação do CD “Música do Povo Cariri”. Em 2005 o Sebrae financiou um projeto de CD onde Maria do Horto teve
participação cantando um bendito. Ano passado fez apresentação no projeto Mostra de Música do Sesc em Juazeiro
e também apresentou-se no Encontro com Mestres do Sesc, realizado no Crato.

 MARIA ODETE MARTINS UCHOA
Odete Uchoa. Medicina Popular. Canindé
. Nasceu em São Serafim, distrito de Capitão Pedro Sampaio, em
Canindé, na data de 6 de janeiro de 1946. As chamadas Plantas Medicinais sempre estiveram presentes na vida do
povo. No caso de Odete, os conhecimentos que tem, neste campo, é uma herança de seus antepassados, núcleos
indigenas, que ela vem acumulando, no âmbito familiar, através de várias gerações. Há mais de 30 anos ela vem
observando e estudando as plantas e métodos de aproveitamento. Desde a infância Odete convive com remédios
caseiros, indicados por sua avó, repassados por sua mãe, descendentes dos índios Canindés em função da
carência de médicos na região, a falta de hospitais. Ainda na adolescência teve acesso a um livro que tratyava de
Plantas Medicinais.

 MOISÉS CARDOSO DOS SANTOS
Mestre Moisés. Dança do Côco. Trairí. Pescador. Nasceu em Trairí, na data de 26 de março de 1945. Herdou de
seus antepassados indigenas a tradição do
Côco, dança que conhece desde a infância, por influência de seu avô. Ele
vem mantendo a manifestação e já introduziu os filhos na “brincadeira” na tentativa de perpetua-la na âmbito da
família como vem se processando há quatro gerações. Moisés criou inclusive uma escolinha para repassar a dança,
tendo iniciada com 50 participantes entre crianças e adolçescentes da própria localidade, iniciativa que ganhou
projeção na comunidade. Tradicionalmente a dança do Côco de Lagoa do Alagadiço é realizada com um grupo de 15
brincantes adultos. Os passos, o ritimo, o movimento corporal tem relação com universo do trabalho rural.

 SEBASTIÃO COSME
Sebastião Cosme. Reisado. Juazeiro do Norte. Nasceu no Rio Grande do Norte, Natal, a 8 de dezembro de 1940.
Há 39 anos reside no Ceará.Como” brincante” de reisado começou com 9 anos de idade. Aos 15 já era “embaixador”.
E com apenas 17 anos formou o seu próprio grupo, o “Reisado de São Sebastião” quando já residia em Juazeiro do
Norte. Desde então vem se dedicado ao espataculo, ajudando a manter viva as tradições populares como o Reisado
e o Maneiro-Pau. É figura conhecida em Juazeiro do Norte e seu grupo vem se apresentando em festas tradicionais e
eventos na região do Cariri.

SILVINO VERAS D’AVILA
Silvino Veras (Mestre vino). Luthier de rabecas. Irauçuba
. Nasceu em 5 de setembro de 1917 na Fazenda Urubu,
em Irauçuba, filho de Pedro Silvino d’Avila e Maria Erica
Veras. Reside à rua José Fernandes do Rêgo, 299, Distrito de Juá, distante 20 km da sede municipal. Carpinteiro
aposentado vem, há mais de 70 anos confeccionando rabecas. Constrói o instrumento e o manuseia, tocando com
facilidade. Suas rabecas são famosas e ele nem conta mais as que fez de encomenda para municípios do Ceará, de
outros Estado e até para Europa. O processo de fabricação de suas rabecas envolvem madeiras especiais e de vários
tipos para um mesmo instrumento. Tudo é feito artesanalmente, inclusive as colas, os vernizes e as tintas. Mestre
Silvino aprendeu sozinho a construir e a tocar rabecas. Sobre o seu trabalho há uma reportagem publicada no jornal
Diário do Nordeste de 28.07.2003, de autoria de Gilmar de Carvalho, incluída no livro “Artes da Tradição: Mestres do
Povo” de sua autoria.

 TEREZINHA LIMA DOS SANTOS (Tereza Lino)
Terezinha Lima. (Tereza Lino). Dramista. Beberibe
. Nasceu em Beberibe, sítio Umburanas, na data de 07 de junho
de 1941. É filha de José Nunes Vieira e Raimunda de Lima Vieira. Teve os primeiros contatos com o drama ainda na
escola primária, através de duas professoras contratadas para dar aulas na comunidade. Corria o ano de 1950
quando o primeiro drama foi encenado sob a coordenação das professoras. Desde então Tereza Lino vem
participando de montagens, criando peças, acompanhando, evidentemente, as altas e baixas do movimento dramista
em Beberibe. Em 1992, Tereza Lino passou a integrar um grupo de dramas de suas primas, Umbelina Vieira e Maria
Alice Vieira, na localidade de Encruzilhada, município de Fortim. Aos poucos foi percebendo a importancia que o povo
dava ao drama e o trabalho de valorização que os órgaõs ligados à cultura vinham fazendo em porol da arte popular
de um modo geral. Continuou apresentando-se com outras dramistas em sua comunidade. O reconhecimento ganhou
nível estadual com a inclusão dos dramas do grupo de Tereza Lino em eventos realizados em Beberibe, Aracati,
Guaramiranga e Fortaleza. Entre os vários registros sobre o seu trabalho destaque-se o realizado através do Projeto
Seculte Intinerante cujo texto foi publicado no livro “Memoria dos Caminhos”, escrito por Oswald Barroso, em 2006.


VICENTE CHAGAS GONDIM
Vicente Chagas. Reisado. Guaramiranga. Nascido na data de 2 de julho de 1937. Desde os 15 de idade tem
envolvimento com Reisado, sendo, atualmente, um dos mais conhecidos
“topador de boi” do Maciço de Baturité. Seu grupo é formado com várias “figuras” – cavalo marinho, boi, burrinha,
entre outros – todos confeccionados por ele que detém a memória do espetáculo. Apresenta-se em festas e em
eventos culturais promovidos no Município.
Vicente Chagas reside no Sítio Arábia, zona rural de Guaramiranga. Preocupado com a falta de interesse das novas
gerações ele vem fazendo um trabalho de repasse de seus conhecimentos para turmas de estudantes da comunidade,
selecionados nas escolas públicas da região.

 

Lançamentos de Livros

Dia 20/09/2007 (quinta-feira)
Profetas da Chuva – Karla Patrícia Holanda Martins (CE)
Patrimônio Cultural – da memória ao sentido do lugar – Clerton Martins (CE)
Do ex-voto à industria dos milagres: a comunicação dos pagadores de promessas –
Jaccqueline Lima Dourado (PI)
Zé da Lata – O Andarilho de Linhares – Josmari Araujo dos Santos (ES)
Chico Boneco – Josmari Araujo dos Santos (ES)


Dia 21/09/2007 (sexta-feira)
O Encantador – Seu Teodoro do Boi – Eraldo Peres (Brasília)
Reis Magos – Afonso Furtado (RJ)
Esta gente da Beira-Mar – Meire Berti G. Fonseca (SP)
Dormir talvez sonhar (Texto dramático para teatro de cordel) – Oswald Barroso (CE)
Caminhos do Divino – Lélia Pereira da Silva Nunes
Benzedeiras – Elma Santana (RGS)
Parteiras – Elma Santana (RGS)

Dia 22/09/2007 (sábado)
Artesanato – Senhora Lima Verde (BNB – Linhares (ES).
A festa Junina em Campina Grande – uma estratégia de folkmarketing –
Severino Alves de Lucena Filho (PB)
Maracatu Az de Ouro – 70 anos de Memória, loas e batuques – Pingo de Fortaleza (CE)
Rendas e Rendeiras no São Francisco – Beatriz Góis Dantas
Coleção Cordel – Klevison Viana
Coleção Cordel – Rouxinol do Rinaré

Mostra de Vídeos

Dia 20/09/2007 (quinta-feira)
1- Bandas de Congos do Espírito Santo:
As tradições e a história das Bandas de Congos capixaba. As puxadas de mastro, o navio e o cortejo. A história dos
instrumentos e da fé a São Benedito.
2 – Panelas de Barro de Goiabeiras:
A tradição indígena e o trabalho feminino. O barro especial, o uso das mãos e a queima na fogueira. Símbolo da moqueca
capixaba.
3 – Ticumbi, O Baile de Congos de São Bendito:
As tradições africanas no Espírito Santo. O embate do Rei de Congo e do Rei de Bamba por São Benedito. As
embaixadas, o desafio e as danças.
4 – Folias de Reis no Espírito Santo:
A origem bíblica das Folias de Reis. A devoção aos Três Reis Magos. A cantoria, a bandeira e o palhaço. A caminhada
pelas casas e a despedida.

5 – O Roubo da Bandeira
Manifestação legada pela tradição nordestina no extremo norte do Estado, resgata uma brincadeira junina que envolve
festa teatro e procissão.
6 – A festa do pau da Bandeira em Barbalha no Ceará – Rosemberg Cariri
7 – Tambor de Criola do Maranhão – Patrimônio Imaterial


Dia 21/09/2007 (sexta-feira)
8 – Patativa do Assaré – Rosemberg Cariri
9 – Festa da Penha e suas tradições.
As tradições e a história da maior festa religiosa do Espírito Santo. A procissão dos homens e das mulheres, a sala de
ex-votos e os milagres.
10 – Artesanato de Conchas
Um artesanato milenar presente no sul do estado repete com formas e símbolos locais uma atividade que envolve
comunidades e famílias inteiras que tiram do mar o seu sustento.

Dia 22/09/2007 (sábado)
11 – Moqueca e Torta Capixaba.
A história, a recita e importância em nossa cultura, desses dois pratos típicos de nossa culinária que mais identificas mio
capixaba no Brasil.
12 – Reis de Boi do Espírito Santo
Concentrados no Vale do Cricaré no norte do Espírito Santo, o Reis de Boi com seus personagens e enredos, é uma
das brincadeiras mais lúdicas de nosso folclore, apresentado no período de natal.
13 – Mandioca: A Rainha do Brasil
A importância da mandioca e seus produtos, principalmente a farinha e o beiju na culinária de índios, portugueses e
quilombolas e na formação da identidade brasileira e capixaba